Leonora Rosado
18/12/2018 02:09
Venho da morte
Sujei as mãos
Empalideceu
Cada instante do meu suor
Venho da morte
Abrindo a cortina
Ninguém sabe o cheiro que esta carne traz
Venho de rosto virado do avesso
Tudo é lento
Tudo é espesso
Venho da morte e nem sequer te vi
Cada átomo de cera
É um círio que não luz
Venho da morte onde te deixei
O meu colo íngreme
Vingado por fim