Isabel Pereira Rosa
29/08/2015 23:40
Toco o bicho e a flor
como num rito contra o mal.
Arrecado no peito
um pouco dessa inocência
para libertar nas horas
em que a emulação
cravar de novo aqui
as negras unhas aguçadas.
E o livro, sempre,
alimento
a afagar-me os dedos
a afastar venenos
a unir os tempos.
Isabel Pereira Rosa