Isabel Pereira Rosa
27/06/2018 21:06
São difíceis os tempos que se avizinham
há tenebrosas mãos a fustigar o mundo
e os fantasmas que julgávamos mortos
erguem-se aos poucos na aridez dos dias.
Uma criança chora de sede, outra grita
de frio e solidão;
nem todos os sons do universo
poderão abafar as suas vozes.
E entretanto, bebe-se cerveja ou vinho
para não se ver que o horizonte escureceu,
que as calotas polares se derretem
e que a terra escorrega para o abismo.