Dalila Moura
06/03/2018 02:09
Apenas o toque da chuva no som do papel
líquida beleza que escalda o chão
no vazio das pedras e das lágrimas
que permitem engrossar o mar.
Há árvores e búzios
que perscrutam o tempo
enquanto o fascínio das vagas
atravessa o olhar do poeta
e se demora no peito escaldante
onde as aves debicam mistérios
e silêncios!
A chuva continua a gritar,
molhando o tempo,
de música e milagre!