Avelino Bento
02/08/2021 21:16
Oiço em mim música de abril
que em ti desenho suspensa.
Oiço de ti um choro subtil
que em mim me recompensa.
Oiço de ti a nostalgia
com passado de não esquecer.
Oiço de mim a rebeldia
filha do meu crescer.
Oiço em mim dizer não
quando podia dizer sim.
Oiço de ti uma razão
que me faria voltar a mim.
Oiço de ti a certeza
que nada é certo, é verdade!
Oiço em mim uma tristeza
que me desenha esta saudade.
Oiçamo-nos definitivamente
neste devir em construção.
Por dentro, por fora, intensamente,
ao ritmo do coração!