Isabel Pereira Rosa
13/03/2019 22:28
O tempo é uma abstração,
como as lanças que nos foi cravando.
Deitemos fora os antigos calendários,
única prova do delito.
Quando a primavera atravessar de novo
os campos e as ruas
carregada de pólenes e de sementes
poderemos talvez reabrir o processo
e acusá-la da gravidez do vento.