Maria Oliveira
08/08/2019 02:03
Não tem nome a podridão doentia
Que invade as mentes dos que se consideram
A si mesmos no alto do pedestal
Imunes a qualquer mal
Não têm nome os que se decidiram pelo genocídio
Sem culpa sem escrúpulos sem consciência
A insanidade acasala com a atrocidade
O assassinato macabro
Tendo um prazer malévolo na execução dos inocentes
Em corpos amontoados e nus
Esperando o rastilho de fogo em valas comuns
Somos ratos de laboratório em gaiola de vidro
E pelas atrocidades que cometemos contra nós próprios
Surpreende-me que não estejamos extintos
Como ainda subsistimos nos peçonhentos labirintos
Para os homicidas genocidas as trepadeiras que se enrolem
Em espiral aos seus corpos aos seus pescoços
E experimentem a insurreição das mitocôndrias
A rebeldia da clorofila
O mastigar lento e cortante das plantas carnívoras
Sintam as bestas a falta de oxigénio no sucumbir das árvores
A revolta dos campos elétricos e magnéticos
Perante a decapitação dos inocentes
A agitação da espada em direção aos seus peitos
Porque quem mal trata quem tem prazer na matança
Merece ser desprovido de quaisquer direitos!