Dalila Moura
06/03/2018 02:17
A cidade,
sufocada – uma e outra vez –
nos ramos das árvores
que choviam.
O rio,
mergulhando-a – uma e outra vez –
cingindo-lhe os ramos
e a chuva.
As horas,
indiferentes,
ao bordado do mar
sobre a falésia,
na madrugada dos barcos,
sobre as janelas,
onde espreitavam queixumes
e vento nas vidraças.
A cidade,
afogava as preces,
nas cortinas dos olhos
que carregavam aos ombros
um xaile de esperança
e pés de inquietação.
Era a vida a caminhar, enquanto a cidade se perdia de vista
e as pedras, soluçavam, entre o frio e o cansaço, onde a
chuva se afogava!