Dalila Moura
09/08/2019 01:39
Apertar os dias contra o peito e alargar a chama
entre a chuva e a luz.
Saborear entre os dedos o orvalho que transbordou
da boca, como um beijo luminoso que se aquieta
no estremecer do silêncio que amadurece
nos olhos dos pássaros
enquanto o sonho vagueia por entre o trigo
e o suor do sol.