Edilde Lima de Aragão
21/02/2014 16:34
Tu deixas aninhar-se no teu peito,
Um impossível amor que não tem luz.
Na estrada da vida que tu trilhas,
Armas com tuas mãos a tua cruz.
Queres por força, enganar a ti próprio.
És insensato e louco – eu te lamento –.
Já antevejo o fim desse romance:
Epílogo de dor, p’ra teu tormento.
És persistente, regas a ilusão
E a fantasia que hão de ruir
Para punir sem dó teu coração.
O teu amor só tende a fenecer.
Acho loucura se nutrir um sonho,
Sem esperanças de vê-lo florescer.