Isabel Pereira Rosa
17/05/2015 01:40
Gota ansiosa pela sede do Estio
beija o chão carente que a saúda
acaricia o rosto da manhã que se levanta
penetra a flor que ao seu toque se desnuda
Até chegar a hora das águas desmedidas
as bocas vão bebendo devagar acauteladas
e os corpos vão sorvendo pouco a pouco
o orvalho que sobrou das madrugadas
Uma semente resiste e há bravura
na haste que desponta alvoroçada
de raiva de esperança e de doçura
nessa terra além-Tejo mal amada