Edilde Lima de Aragão
30/12/2016 01:15
Tivemos ontem a primeira briga,
Sem eu saber por que e ela também.
Depois, magoada, ela ficou muda,
Senti-me em casa, só, sem mais ninguém.
Hoje, tristonho e com a alma enlutada,
Tremo, lembrando o conselho de alguém:
“Não brigues, meu amigo, a vez primeira,
Porque a segunda, a passos largos vem”.
E, assim, passamos hoje o dia inteiro.
Ela, em silêncio, a me torturar,
E eu, sem lhe querer falar primeiro.
E se a briga, maldita e traiçoeira
Lembrar-se de outra vez nos visitar,
Sei que vamos brigar a vida inteira.